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Por dentro da safra: umidade adia transplante de mudas para a lavoura

Por Giovane Luiz Weber, produtor de tabaco

Faltou Sol

Se a semana de muita umidade já foi ruim para quem vive na cidade, para o pessoal da colônia não foi diferente. Aqui na propriedade tivemos que adiar um pouco nosso cronograma justamente pela falta de sol. A ideia era ter feito nos últimos dias o transplante das mudas dos canteiros para a lavoura, mas o excesso de umidade atrapalhou. Nada muito sério, é verdade. Melhor ter cautela neste momento do que dar chance para as lesmas. É que esse bichinho gosta quando a terra e a palhada estão molhadas. Colocar a mudinha de tabaco em um ambiente assim é pedir para que a lesma ataque. E aí é prejuízo na certa. Sendo assim, deixamos para os próximos dias o trabalho de transplante.

É essencial

Mas se a muda está no canteiro desde maio e, portanto, está grande e forte, por que não pode ser plantada mesmo com bastante umidade? Porque, a exemplo da maioria das plantas, o tabaco adora sol e precisa dele para se desenvolver bem, principalmente nos primeiros dias. Três dias seguidos de sol e temperaturas não muito baixas são essenciais. Por isso que, nesta época, estamos sempre atentos à previsão do tempo. Quando há risco de geada ou vento muito gelado é melhor não transplantar, mesmo que a previsão seja de bastante sol. Geada na muda recém-transplantada é um perigo.

Muito o que fazer

Enquanto o sol forte não vem para fazermos o transplante – trabalho que leva de dois a três dias, no máximo –, seguimos nos cuidados diários com as mudas nos canteiros e finalizamos os preparativos do solo, que está com a palhada pronta. O plantio direto é um dos grandes avanços recentes na fumicultura, pois faz toda a diferença na conservação do solo. É importante que esteja acompanhado de uma correção feita após uma boa análise de solo. Dias antes do transplante colocamos um pouco de adubo na terra, para que se dissolva um pouco e não queime o caule das mudinhas. Isso, claro, depois do dessecante que ajudou a derrubar a planta que deu origem à palhada. Usamos também um defensivo para controlar ervas daninhas.

Diversificação

Paralelo aos cuidados com o tabaco, estamos envolvidos aqui na propriedade com o plantio de batatinha, cebola e alho. Em breve devemos semear feijão e milho-verde. Aproveitamos também o tempo nublado para terminar o preparo da lenha.

Na estrada

Neste início de semana estou na região de Araranguá, em Santa Catarina, onde aproveito para visitar algumas lavouras de tabaco. Aliás, a colheita já começou por aqui! Também estou conhecendo novas máquinas e tecnologias. Até!

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