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Transplante das mudas atinge 70% no Sul do Brasil

Texto: Michelle Treichel, Jornal Gazeta do Sul

Santa Cruz do Sul/RS – A safra de tabaco 2019/20 segue a todo vapor nas propriedades fumicultoras do Sul do Brasil. De acordo com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a expectativa é cultivar em torno de 295 mil hectares – mesma área plantada na etapa anterior. “A conclusão da nossa estimativa teremos somente no início de outubro”, destaca o presidente da entidade, Benício Albano Werner. Até o momento, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, os fumicultores atingiram 70% do transplante das mudas para as lavouras.

No Vale do Rio Pardo, na parte baixa, o plantio está praticamente concluído, enquanto na região serrana giram próximo de 60%. “O plantio obedece aos microclimas, onde o litoral catarinense já está em período de colheita”, explica. A região Sul do Estado, principalmente Canguçu e seus adjacentes, é que está com percentual menor de plantio, em torno de 10% – mesmo índice do planalto norte catarinense e seus municípios vizinhos. O dirigente ressalta que, de maneira geral, as plantas estão com um bom desenvolvimento, apesar de o clima não estar muito favorável.

“O tabaco necessita de muito sol e de temperatura de calor, mas não excessivo, porém até o momento tivemos poucos dias com esta condição climática de que a planta necessita.” Werner ainda antecipa que o levantamento do custo de produção teve recentemente concluída sua segunda etapa, realizada por representantes da Afubra, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS) e Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). “A última etapa ocorre a partir de meados de outubro”, esclarece.

Uma lavoura de encher os olhos

Os fumicultores Pedro Joaquim de Quadros e Clarice Terezinha Frey estão orgulhosos da lavoura de tabaco na atual safra. Na propriedade em Linha São João, em Estância Nova, no interior de Venâncio Aires, plantaram 95 mil pés no ciclo 2019/20. “Este ano as plantas estão vindo muito bem, dá gosto de ver”, comenta a produtora. Nos últimos três anos, a família vem reduzindo gradativamente a produção em busca de mais qualidade para as colheitas e menos mão de obra durante o manejo. “Chegamos a plantar 115 mil pés de tabaco na safra retrasada”, conta.

Com a ajuda do filho Carlos Alexandre e da nora Angélica Martins de Quadros, o casal concluiu o plantio da safra na primeira semana de agosto. A expectativa já é dar início à colheita das folhas baixeiras daqui duas semanas. “Esperamos colher mais de 1,2 mil arrobas, com média de 12,6 arrobas por mil pés”, calcula Clarice. A fumicultura ainda comemora que a região não foi atingida pelas recentes incidências de granizo. “Felizmente escapamos das pedras de gelo. Tenho fé que nosso fumo dará bem mais bonito do que no ano passado.”

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