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Por que o mercado ficará mais concorrido para o tabaco brasileiro

Linha de beneficiamento de tabaco
Linha de beneficiamento de tabaco

Santa Cruz do Sul/RS – A cadeia produtiva do tabaco convive com uma nova realidade global, que implicará em adequações e novas estratégias para estabelecer a competitividade. Fontes internacionais projetam queda de 2% a 3% no consumo mundial de cigarros, e em paralelo cresce ano a ano a concorrência ao tabaco brasileiro por parte dos países africanos.

Zimbábue e Tanzânia na variedade Virgínia e Malawi, Zâmbia e Moçambique no Burley ampliaram suas safras. “Estas nações têm custo de produção significativamente mais baixo, em especial por causa da mão de obra barata, o que permite a elas competir no mercado mundial”, reconhece Iro Schünke, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).

Para turvar ainda mais o horizonte das vendas do produto brasileiro, no período de maior demanda dos clientes internacionais, o primeiro semestre do ano, o câmbio não favoreceu o setor. Com isso, o tabaco nacional perdeu competitivdade e o resultado financeiro foi bastante prejudicado. Na avaliação de Schünke, a retração pode ficar até acima dos 10% a 15% previstos pela consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) em agosto, e mais próxima da média até agora registrada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que é de 20% a 25%.

“É difícil dizer, mas novembro e dezembro não são meses em que, de modo histórico, se tenha embarques volumosos a ponto de reverter este cenário”, reconhece o presidente do SindiTabaco. Ele entende, porém, que as empresas estão atentas a todos os movimentos do mercado. A expectativa internacional é de que o consumo mundial de tabaco mantenha-se estável no cenário de projeção até 2018, segundo análise da agência de pesquisas EuroMonitor.

EM FEVEREIRO

O SindiTabaco só fará em fevereiro de 2015 a prospecção de tendências das exportações para a nova temporada. No entanto, o presidente Iro Schünke considera sintomático o fato de que haverá estoques mundiais remanescentes de 2014, o que pode reduzir a pressão de compras em nível mundial no próximo ano. “Inúmeros fatores ainda podem interferir no cenário, desde o clima nas diversas regiões de produção até fatores macro ou microeconômicos, conjunturais e pontuais”, ressalta. “Uma visão mais clara do que a nova temporada trará só será possível mais para o final do primeiro trimestre de 2015.”

Cleiton Santos
cleiton@editoragazeta.com.br
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