PI Tabaco abre novas perspectivas para o setor no Brasil
|Esteio/RS – Um grande avanço tecnológico para toda a cadeia envolvida nessa atividade. Assim pode ser definida a Produção Integrada do Tabaco (PI Tabaco), que foi oficialmente instituída pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e teve sua instrução normativa publicada no Diário Oficial da União em 8 de agosto. O selo é um diferencial competitivo muito importante, pois cada vez mais o mercado do agronegócio, dentro e fora do País, busca produtos garantidos em quesitos como boas práticas, sustentabilidade e qualidade.
Com isso, o Brasil, um dos pioneiros na certificação que qualifica e garante integridade, tem a oportunidade de se consagrar e se firmar mais e mais no mercado internacional do tabaco. Os primeiros passos para a adesão formal de agricultores à PI Tabaco, que não é obrigatória, se dará com um treinamento para técnicos, em fevereiro de 2015. Em seguida, na safra 2015/16, começará a prática do programa-piloto. Produtores e processadores, que ainda não estão definidos, participarão desse teste. Conforme o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), a implantação da certificação, para valer, deve acontecer a partir da temporada 2016/17.
Os agricultores que quiserem obter o selo da PI Tabaco deverão aplicar as regras, registrar o acompanhamento da produção nos cadernos de campo e, por fim, ter disponibilidade para receber os auditores nas visitas de conferência. Se tudo estiver em sintonia com o proposto, ao final do processo o produtor terá a certificação de que o seu produto é de qualidade e foi produzido conforme as boas práticas.
BOAS PRÁTICAS
O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, destaca que a adesão da PI Tabaco na verdade irá formalizar as boas práticas hoje já aplicadas pelos produtores. “À medida em que a Pitab for implementada, ela também irá chancelar tudo o que é feito na área da sustentabilidade, e isso naturalmente vai ser um grande diferencial”, comenta.
Para o assessor técnico do SindiTabaco, Darci José da Silva, os produtores que adotarem a PI Tabaco estarão garantindo o direito de continuarem produzindo tabaco, com o apoio de uma ação oficial. “Isso porque o cliente está cada vez mais exigente. Ele quer saber o que foi usado na produção, como isso foi feito, de onde vem”, explica. “Acredito que dentro de poucos anos a demanda será por produto certificado”.
Marluci Drummarluci@editoragazeta.com.br