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Afubra estima quebra de 30% na safra de tabaco no Vale do Rio Pardo

Santa Cruz do Sul/RS – A falta de chuva nos meses de dezembro e janeiro pode provocar uma quebra de até 30% na produção de tabaco no Vale do Rio Pardo. A estimativa foi divulgada pelo presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner. Essa redução, se confirmada, representa uma queda de 69 mil toneladas na safra 2019/2020.

O presidente relata que há produtores que podem ter uma quebra até maior, de 35%. “Olhamos a média geral para chegarmos na produção total do Estado. É um número, em termos técnicos, bastante frágil, mas estamos em torno de 611 mil toneladas para quem estava esperando em torno de 684 mil toneladas.”

Segundo Benício, a estiagem atingiu algumas regiões do Rio Grande do Sul, onde a quebra é mais acentuada, desde meados de dezembro, mesmo período em que a lavoura de tabaco estava em pleno desenvolvimento. “O Estado, com certeza, terá quebra entre 16 e 18% dependendo ainda da Zona Sul e da Região Serrana.”

Conforme o presidente, os produtores consultados pela Afubra demonstram satisfação em relação à classificação do tabaco na esteira das fábricas. Porém, Benício Werner alerta para a presença de “picaretas” na compra do tabaco em outras regiões do Rio Grande do Sul. “No noroeste do Estado, por exemplo, picaretas estão vendendo o tabaco por um preço médio maior do que as próprias empresas. É ruim para elas, porque falam em sustentabilidade e que estão do lado do produtor, mas estes picaretas vão vender para alguma empresa e fica mal para a cadeia produtiva.”

Para Benício, a presença de picaretas é decorrente da falta de acordo com as fumageiras. Nos próximos dias, a Afubra pretende divulgar os valores atuais dos preços praticados pelas fumageiras no seu site oficial. Falando sobre a negociação do preço, ele criticou as empresas. E advertiu que, no dia 5 de março, na reunião do Foniagro, as entidades vão apresentar denúncia contra as empresas que não cumpriram com as regras estabelecidas.

Foniagro é o Fórum Nacional de Integração entre produtores e indústria. Na entrevista, o presidente da Afubra ainda falou sobre a COP 9 na Holanda. A Conferência das Partes para o Controle do Tabaco já tem a data de realização definida. O evento vai acontecer de 9 a 14 de novembro em Haia.

A tendência agora é de os produtores de tabaco não participarem dos debates, como ressalta o presidente da Afubra. “Vamos definir, precisa ser analisado. Estamos entristecidos com o resultado das negociações de preços. Diria, a princípio, que não.”

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