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QUASE 20 MIL LAVOURAS ATINGIDAS POR GRANIZO NO SUL DO BRASIL

Santa Cruz do Sul/RS – A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) ampliou suas equipes de avaliadores para aproveitar o tempo firme desde o fim de semana e, assim, vistoriar as mais de 19.800 lavouras de tabaco atingidas por granizo nas tempestades ocorridas na última semana. Até a última sexta-feira o número era de aproximadamente 14 mil lavouras atingidas.

O número é um recorde em 40 anos e representa um avanço de 192% sobre os registros de granizo na safra passada. Segundo as notificações dos produtores, 77% dos casos ocorreram no Rio Grande do Sul, principalmente na Depressão Central formada pelas microrregiões de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Cachoeira do Sul e Centro-Serra.

Na Zona Sul, perto de 800 casos foram registrados em São Lourenço do Sul, Camaquã e arredores. Também houve danos às lavouras do Centro-Oeste do Paraná e do Vale do Itajaí, em Santa Catarina.

Com um número maior de apontadores, a expectativa da Afubra é de que o tempo utilizado para avaliar os prejuízos em cada lavoura reduza em 40%. “Ainda assim, a depender do clima, levaremos mais tempo do que o desejado para cobrir todos os estragos. A extensão é impressionante”, reconhece o presidente Benício Werner.

Segundo ele, a preocupação é ainda maior com a previsão de mais chuvas para os próximos dias e o calor intenso que ocorre no Centro do Rio Grande do Sul nesta terça-feira, enquanto a Campanha e a Zona Sul registraram fortes temporais.

ADIANTADO

Paulo Vicente Ogliari, gerente de Pesquisa e Estatística da Afubra, destaca que em 2015 o granizo chegou duas semanas adiantado e com muito mais força às lavouras na comparação com a média histórica. “Na temporada passada, a partir da penúltima semana de outubro, houve 15 dias de granizadas, mas muito pulverizadas por localidade. Todos os dias caía uma chuva de pedras em uma região produtora. Dessa vez houve dois ou três dias com granizo, mas de forma concentrada e numa intensidade jamais registrada”, explica.

O fato de algumas localidades do interior ainda estarem sem luz até a tarde desta terça-feira, e algumas lavouras próximas de rios e cursos d’água permanecerem sob enchentes, pode elevar o número de áreas cultivadas com prejuízos. “Houve casos de lavouras que não tinham sido vistoriadas ainda e sofreram mais uma chuva de gelo, ampliando os danos”, acrescenta Ogliari.

Os produtores prejudicados que optaram pelo sistema de mutualidade, cujas lavouras serão vistoriadas, serão indenizados pelos prejuízos, conforme prevê os contratos. A Afubra mantém um fundo capaz de assegurar a cobertura dos danos para os fumicultores que optaram pelo sistema.

Cleiton Santos
cleiton@editoragazeta.com.br
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