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Por dentro da safra: como ficaram as lavouras após a chuva

Por: Giovane Luiz Weber, produtor de tabaco

Opa, tudo bem? Depois de períodos de muita umidade em julho e agosto, o que acabou atrasando a conclusão do transplante das mudas de tabaco para a lavoura, estamos passando por mais uma semana chuvosa na região de Santa Cruz do Sul. Aqui na propriedade, em Cerro Alegre Alto, registramos acumulado de 125 milímetros em um intervalo de 30 horas – da madrugada de domingo até o início da tarde de ontem.

…na lavoura

Não há solo que aguente tanta água em pouco tempo. O resultado é que, embora a lavoura fique em uma região mais alta e conte com boas valetas e canais de escoamento, há acúmulo de água em alguns pontos, o que é um problemão para os pés de tabaco. A raiz acaba apodrecendo e muitas plantas morrem em poucos dias. Ou seja: prejuízo provavelmente certo em uma safra que já vinha com andamento atrasado.

Vendaval

Como se não bastasse, o aguaceiro veio acompanhado de fortes ventos nas madrugadas de domingo e segunda-feira. Embora ainda estejam pequenos, alguns pés de tabaco ficam levemente inclinados para um lado. Se estivessem maiores teriam praticamente deitado, o que seria outro problema. Fica complicado aplicar o antibrotante e, mais adiante, fazer a colheita em pés que não estão em situação normal.

Sob risco

Vida de agricultor é assim, sempre correndo risco. Se na cidade a chuva já causa problemas, como alagamento de ruas e destelhamento de casas, aqui é todo o nosso trabalho do ano que está sempre à mercê do clima. Nosso investimento é a céu aberto, sob risco. Contra granizo temos o sistema mutualista, mas contra o excesso de chuvas, por exemplo, não. Resta torcer para que o restante da safra seja diferente do início.

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