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Mapa quer reavaliar acordo bilateral com a China

Santa Cruz do Sul/RS – Depois de mais de 40 dias coletando amostras de tabaco processado e fazendo testes laboratoriais, a Missão Chinesa composta por técnicos da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ) da China concluiu que o produto brasileiro está apto a ser embarcado. A pré-inspeção do tabaco comercializado para o país chinês costuma acontecer anualmente com o intuito de assegurar a ausência de pragas quarentenárias no produto.

O encerramento das atividades de pré-inspeção do tabaco da safra 2015/2016 foi realizado em Santa Cruz do Sul e reuniu representantes do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), integrantes da AQSIQ, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), empresas associadas e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Zhang Baogang, inspetor Chefe da AQSIQ, apresentou os resultados da pré-inspeção do tabaco produzido no Rio Grande do Sul e processado no período. Nas 61 amostras analisadas no laboratório da Central Analítica da Unisc, não foram detectadas pragas quarentenárias importantes, qualificando o produto como apto para embarque. Ainda, segundo ele, o Mapa tem informado anualmente quais agrotóxicos são utilizados na cultura do tabaco, confirmando estarem de acordo com o protocolo assinado entre os dois países.

Roberto Schroeder, superintendente do Ministério da Agricultura do Rio Grande do Sul, destacou a importância do modelo de cooperação seguido pelo tabaco, sendo exemplo para o agronegócio brasileiro.  “Esse é um exemplo de cooperação e deixo o compromisso do Ministério para ampliar a parceria. Sabemos que os resultados foram positivos, mas faremos o possível para implementar as melhorias necessárias para que a China continue sendo o bom cliente que tem sido”, disse.

Na ocasião, Jesulindo de Souza Junior, representante do Departamento de Sanidade Vegetal do Mapa em Brasília, destacou que a China é o mais importante parceiro do agronegócio brasileiro, motivo pelo qual o Ministério da Agricultura não tem medido esforços para estreitar o relacionamento entre os países para fortalecimento do comércio bilateral. Ele aproveitou a presença dos representantes da AQSIQ para solicitar a renovação do protocolo bilateral existente com alguns ajustes.

“A China é, sem dúvida, um dos nossos grandes parceiros comerciais. Estamos confiantes que o Brasil tem totais condições de ampliar as exportações do produto ao país, bem como de outros produtos do agronegócio. Com base no trabalho feito ao longo desses anos, já temos dados científicos para iniciar uma discussão com o intuito de flexibilizar os requisitos necessários para embarque sem o monitoramento de campo existente. É do interesse do Mapa a renovação do protocolo com a China com esse ajuste técnico, uma vez que já temos segurança da qualidade e integridade do tabaco brasileiro com a experiência obtida até aqui”, afirmou Jesulindo.

Segundo o assessor da diretoria do SindiTabaco, Carlos Sehn, o Brasil está pronto para ampliar as suas vendas para o país chinês. “Somos o maior exportador mundial de tabaco, exportando para cerca de 100 países a cada ano. A China está entre os principais importadores do produto, contribuindo para nossa produção e geração de renda para o campo. Esperamos que as relações de comércio com a China continuem se fortalecendo”, disse. Em 2015, a China figurou como segundo maior país comprador do tabaco brasileiro: foram US$ 264 milhões embarcados.

Jair Putzke, responsável pelo acompanhamento das análises laboratoriais na Unisc, ressaltou que o tabaco é único setor que trabalha em cooperação governamental bilateral com o apoio da academia e que, a partir dessa experiência, outras culturas estão buscando o suporte oferecido pela Unisc tendo como objetivo o embarque para o mercado chinês.

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