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Brasileiros acreditam que contrabando incentiva crime organizado

Santa Cruz do Sul/RS – Uma pesquisa inédita mostra que a população brasileira faz relação direta entre a comercialização de produtos contrabandeados e o crime organizado. O trabalho realizado entre 22 e 24 de abril pelo Datafolha ouviu 2.401 pessoas em 143 municípios do País, de pequeno, médio e grande portes. O estudo foi encomendado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), com apoio do Movimento em Defesa do Mercado Legal Brasileiro.

Os principais resultados da pesquisa mostram que 86% dos entrevistados acreditam que os produtos contrabandeados incentivam o crime organizado e o tráfico de drogas. Da mesma forma, 83% concordam que é crime vender produtos contrabandeados e 74%, que é ato criminoso comprar esses itens. Já 92% dos que responderam ao questionário acreditam que, se o preço dos produtos vendidos legalmente fossem mais baixos, os brasileiros deixariam de comprar os ilegais.

A maioria dos entrevistados concorda, ainda, que os produtos contrabandeados são mais baratos porque não pagam impostos (89%), não precisam se submeter às normas de fiscalização (87%) e são feitos com materiais de pior qualidade (77%). Também para 77% dos entrevistados, os itens contrabandeados trazem prejuízo ao Brasil e à população.

O governo federal é considerado por 48% dos entrevistados como o principal responsável pela entrada do contrabando no País. Apenas 5% dos que responderam a pesquisa consideram muito eficiente o trabalho realizado pelas autoridades federais. Os demais se dividem entre aqueles que o consideram um pouco eficiente (50%) e nada eficiente (40%).

SOLUÇÃO

A eficiência de algumas medidas de combate ao contrabando também foram avaliadas na pesquisa. Para 61% dos entrevistados, o reforço no policiamento das fronteiras e a adoção de penas mais duras para o crime de contrabando são vistas como muito eficientes. Em seguida aparece o bloqueio total das fronteiras pela Polícia Federal (53%) e programas de incentivo ao emprego nos dois lados da fronteira (53%), além da questão tributária.

Para o presidente executivo do ETCO, Evandro Guimarães, a redução do contrabando no País passa por uma mudança de comportamento da sociedade, mas principalmente por uma ação mais firme das autoridades, em todas as esferas, no combate a esse crime.

CIGARROS

O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e outras 70 entidades representativas de vários setores da economia faz parte do Movimento em Defesa do Mercado Legal Brasileiro. A iniciativa, viabilizada em 2014, partiu do Instituto de Ética Concorrencial (ETCO) e do Fórum Nacional de Combate à Pirataria e à Ilegalidade. O objetivo é mobilizar a sociedade civil e os agentes do governo em torno de propostas e ações que venham a contribuir para a redução do contrabando, falsificação, pirataria e sonegação.

Segundo o Ibope Inteligência, o contrabando superou o patamar de 31% do mercado brasileiro de cigarros em 2014, números equivalentes a uma evasão fiscal de R$ 4,5 bilhões. Dados da Receita Federal apontam que no último ano foram apreendidos 182 milhões de maços de cigarros, o que corresponde a 3,64 bilhões de cigarros ilegais retirados de circulação. O montante supera o valor de R$ 514 mihões e representa 28% do total apreendido pela Receita no ano.

“A Receita Federal tem atuado no sentido de coibir ações ilícitas, mas o Brasil é grande em fronteiras e o mercado ilegal continua se agravando. Outras ações são necessárias para frear o problema. Além de prejudicar o setor formal organizado, que gera renda e empregos, o contrabando causa prejuízo direto aos cofres públicos, que deixam de arrecadar com o produto legal, no caso dos cigarros um dos mais tributados do País”, enfatiza Iro Schünke, presidente do SindiTabaco.

Assessoria de Comunicação do SindiTabaco
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