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8º Ciclo de Conscientização chega ao fim

Quitandinha/PR – Localizado no Paraná, o município de Quitandinha sediou o último seminário do 8º Ciclo de Conscientização sobre Saúde e Segurança do Produtor e Proteção da Criança e do Adolescente. O evento é uma iniciativa do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), com o apoio das empresas associadas e da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). No 51º seminário realizado para produtores de tabaco,  mais de 400 pessoas foram reunidas no Club Recreativo Quitandinha.

Em razão da visita do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, à Santa Cruz do Sul (RS), sede da entidade, o presidente do Sinditabaco, Iro Schünke, não pode comparecer, mas compensou sua ausência através de mensagem gravada aos produtores. “Os aspectos levantados nesse seminário são importantes para mantermos as posições conquistadas pelo setor do tabaco, que ocupa a posição de maior exportador e segundo maior produtor mundial. Quando levamos a conscientização para o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) e da vestimenta da colheita, assim como a não utilização de mão de obra infantil, nós garantimos a sustentabilidade da cadeia produtiva.”

O vice-presidente da Afubra, Marco Antonio Dornelles, enfatizou que a saúde e segurança dos produtores são prioridades e o seminário tem como objetivo disseminar informações que auxiliem no trabalho diário. O prefeito de Quitandinha, Marcio Néri de Oliveira, agradeceu a oportunidade de sediar o evento e reforçou a importância do seminário para o progresso dos produtores.

O TRABALHO INFANTIL – Um dos temas do encontro foi a proteção da criança e do adolescente, abordado pelo advogado, procurador do trabalho aposentado pela Procuradoria do Trabalho de Santo Ângelo (MPT/PRT 4ª Região), Veloir Dirceu Fürst. Seguindo recomendações da OIT, o Brasil regulamentou por meio do decreto 6481/2008 duas convenções internacionais, colocando o tabaco na lista de formas de trabalho proibidas para menores de 18 anos. “Dessa forma, menores de 18 anos não podem trabalhar na produção de tabaco. Mas é preciso diferenciar trabalho infantil de convivência familiar”, afirmou. Segundo Fürst, a maior dúvida está relacionada à diferenciação de trabalho infantil e convivência familiar.

“Os pais ficam angustiados por precisar cumprir a lei, mas nem tudo é considerado trabalho infantil. A exploração do trabalho infantil ou trabalho proibido em razão da idade se caracteriza ao utilizar crianças ou adolescentes para substituir a mão de obra adulta necessária. Se a criança apenas acompanha os pais e ajuda em pequenas e esporádicas atividades, não caracteriza trabalho infantil. Muitos pais costumam argumentar dizendo que o filho precisa aprender. Se os pais ensinam a atividade, não é trabalho infantil; mas se o trabalho da criança ou adolescente é necessário sempre, privando-a de educação ou de momentos de lazer; isso se caracteriza exploração de mão de obra infantil”, esclareceu.

SAÚDE E SEGURANÇA DO PRODUTOR – Um vídeo informativo trouxe dicas para que os produtores tenham mais segurança durante o manuseio e aplicação de agrotóxicos, bem como durante a colheita, evitando intoxicações e a Doença da Folha Verde do Tabaco. Conheça as principais orientações:

• Somente utilizar agrotóxicos registrados, de acordo com a receita agronômica;
• Manter o pulverizador em perfeitas condições de uso e sem vazamentos;
• Durante o manuseio e aplicação de agrotóxicos, sempre utilizar o EPI;
• Não permitir a aplicação de agrotóxicos por menores de 18 anos, idosos e gestantes;
• Armazenar os agrotóxicos em armário feito de material resistente, chaveado e destinado somente para esse fim, com acesso restrito a trabalhadores orientados a manuseá-los;
• Não reutilizar embalagens vazias de agrotóxicos para qualquer fim;
• Realizar a tríplice lavagem da embalagem vazia de agrotóxico, utilizando o EPI;
• Sinalizar áreas recém-tratadas com agrotóxicos com placa específica para este fim;
• Usar sempre luvas impermeáveis e vestimenta específica para a colheita;
• Evitar colher o tabaco quando as folhas estiverem molhadas pela chuva ou orvalho;
• Dar preferência aos horários menos quentes do dia para a colheita do tabaco;
• Além do momento da colheita, o produtor deve ficar atento durante o desponte, o carregamento e a cura/secagem das folhas.

A peça teatral Rádio Fascinação, encenada pelo grupo Espaço Camarim, de Santa Cruz do Sul (RS), encerrou o evento reforçando as mensagens transmitidas de maneira lúdica. Os seminários do 8º Ciclo de Conscientização percorreram os três estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, conforme calendário abaixo.

Ciclo de Conscientização

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