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Sérgio Moro faz apelo sobre cigarro ilegal

Brasília/DF – Menos de uma semana após um grupo de trabalho instituído pelo Ministério da Justiça descartar a revisão da carga tributária que incide sobre o cigarro como estratégia para combater o comércio ilegal no setor, o próprio ministro Sérgio Moro se manifestou sobre o problema do contrabando. Sem citar a discussão relacionada aos impostos, ele alertou acerca dos riscos à saúde e à segurança pública e fez um apelo para que as pessoas não consumam produtos não regulados.

A declaração foi publicada na página pessoal do ministro no Twitter na noite de terça-feira e, até ontem, já havia recebido mais de 36 mil curtidas. Moro compartilhou uma notícia publicada no site da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre uma apreensão de cigarros contrabandeados do Paraguai feita naquela madrugada na BR-163, no Paraná. Ao todo, foram cerca de 450 mil carteiras, carga avaliada em R$ 2,2 milhões. Menos de 24 horas antes, outra carga havia sido apreendida na mesma rodovia, com 300 mil carteiras.

Em seu escrito, Moro afirmou que o cigarro contrabandeado “prejudica a saúde (mais até do que qualquer outro) e alimenta as finanças do crime organizado”. “O dinheiro vai para gangues de criminosos. O MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) e os órgãos vinculados, como PRF, intensificaram o combate ao contrabando. Faça a sua parte e não compre essa porcaria”, escreveu.

Já ontem de manhã, foi a vez do ministro da Cidadania, o gaúcho Osmar Terra, se pronunciar sobre o assunto, também via Twitter. Terra, porém, usou a notícia da apreensão da PRF no Paraná para criticar a ideia de legalização de drogas, da qual é um opositor ferrenho. “Tabaco não é droga legal?! O que os pró-droga não dizem é que o tráfico ilegal de cigarros é maior que venda legal. Traficantes não desaparecem com legalização. Crime só diminui com repressão eficaz e penas longas”, disse.

Segundo uma pesquisa divulgada na semana passada pelo Ibope, 57% dos cigarros consumidos no Brasil desde janeiro tinham origem ilegal. O contrabando é considerado o principal gargalo do setor de tabaco hoje. A posição do grupo de trabalho contrária à revisão tributária frustrou parte da cadeia produtiva, que defende a medida como forma de tornar o ci-garro regulado mais competitivo com o ilegal.

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