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Safra 2014/15 tem redução de até 10% na área plantada

Santa Cruz do Sul/RS – O ciclo 2014/15 de tabaco no Sul do Brasil tem área plantada menor do que a do período anterior. A constatação ocorreu no início de novembro, tanto do lado da representação dos produtores quanto da indústria, variando apenas os índices estimados. A posição reflete um ajuste ao contexto do mercado consumidor, num momento em que se apresenta recuo de demanda, o que também é confirmado de forma consensual.

A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) revelava, em 10 de novembro, estimativa de redução ao redor de 4,3% na área de plantio da safra em andamento na maior região produtora, localizada nos três estados do Sul. O índice ficava em cerca de 3% no principal tabaco produzido, o Virgínia, enquanto no Burley atingia 13%, e no Galpão Comum não se alterava. Já o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), por meio da agência de pesquisa PricewaterhouseCoopers, previa variação a menos entre 6% a 10%.

MERCADO

“Houve necessidade de adaptação ao mercado, diante da verificação de leve queda no consumo, de formação de estoques e de concorrência maior de países produtores da África”, confirma Benício Albano Werner, presidente da Afubra. Ele esclarece que o posicionamento das entidades representativas dos produtores – Afubra e federações dos três estados do Sul – inclusive foi a de orientar no sentido de diminuir a área, com o objetivo de manter a lucratividade.

“Sabendo que o mercado consumidor não absorveria as produções que tivemos nas duas últimas safras, não estaríamos sendo responsáveis com nossos associados e produtores se não agíssimos assim”, comenta Werner. De qualquer forma, observa que, em um histórico, sempre interfere o resultado financeiro da safra anterior, e como na última houve alguma redução, isto também teve influência na decisão dos plantadores.

Pelo lado da indústria compradora e beneficiadora de tabaco, as razões levantadas para a ocorrência de plantio mais reduzido estão relacionadas basicamente a um “ajuste de mercado”, como explica Iro Schünke, presidente do SindiTabaco. Para tanto, segundo ele, corroboram a situação de recuo nas exportações brasileiras em 2014 e a existência de maiores estoques do produto no mercado.

PRODUÇÃO

A expectativa da nova produção deve acompanhar, em princípio, a proporção estimada no plantio. Em condições de clima semelhantes às da safra anterior, ainda que tivesse havido forte incidência de granizo, com danos cobertos pelo sistema mútuo da Afubra, a entidade projetava redução de 4,6% (o total chegaria a 698 mil toneladas). A produtividade considerada (de 2.254 kg/ha) já leva em conta a média de quatro anos anteriores (e não os sete da orientação científica), em vista da contínua evolução registrada com os investimentos em pesquisa de sementes e técnicas nos tratos culturais.

Benno Bernardo Kist
benno@editoragazeta.com.br
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