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Produtividade da safra do tabaco cai, mas preço sobe

Santa Cruz do Sul/RS – O balanço final da safra de tabaco 2017/2018 apontou a produção de 685.983 mil toneladas nos três estados do Sul do Brasil, em uma área de 297.460 mil hectares. A produtividade média foi de 2.306 mil quilos por hectare. Já o preço médio por quilo ficou em R$ 9,15, com um faturamento total de R$ 6,27 bilhões. Os dados foram apresentados durante os encontros da comissão de representação dos produtores de tabaco com as indústrias fumageiras ocorridos terça, quarta e quinta, 6, na sede da Afubra, em Santa Cruz do Sul.

Os dados mostram a queda de 2,9% na produção em relação à safra anterior no volume total dos três estados do Sul. A redução na produtividade atingiu 2,5%. No entanto, o preço médio pago pelo quilo do produto aumentou 6,02% e o faturamento total com a venda da safra nos três estados aumentou 3,08%. O presidente da Afubra, Benício Werner, afirma que problemas climáticos no Rio Grande do Sul e no Paraná causaram a queda.

A maior redução ocorreu no território gaúcho, com registros mais acentuados no Vale do Rio Pardo, em consequência dos temporais de outubro de 2017 e do excesso de chuva até meados de novembro. Conforme Werner, a quebra média na produção da região atingiu 16%, mas houve produtores com perda acima de 25%. No Sul do Estado, os problemas foram pontuais, com chuvas mal distribuídas.

Já a qualidade do tabaco superou a do ciclo anterior. Com isso, o preço médio pago ao produtor também teve elevação. No Rio Grande do Sul, o valor médio foi de R$ 9,07 pelo quilo, com o acréscimo de 6,8% em relação ao ano anterior, enquanto o valor médio de tabela aumentou 2,2%. Santa Catarina teve a segunda safra seguida de bons resultados, com preço médio de R$ 9,18, representando o aumento de 3,4% no preço praticado. No Paraná, a média foi de R$ 9,30 pelo quilo, com aumento de 8,1% em relação ao ciclo 2016/2017.

Pouco sol em agosto prejudica as lavouras já transplantadas

Até o momento, houve o transplante de 60% das mudas da nova safra no Vale do Rio Pardo e de 40% nos três estados do Sul do Brasil. O excesso de chuva e até mesmo as geadas na segunda quinzena de agosto prejudicaram o desenvolvimento das plantas nas lavouras. O presidente da Afubra, Benício Werner, observa que no mês passado houve 20 dias de chuva e neblina. “A chuva não é o problema nesta época, mas a falta de sol”, explica.

A Afubra recomenda aos produtores a manutenção da mesma área e o plantio do mesmo número de pés na nova safra. Werner afirma que as empresas demonstraram a mesma posição nas reuniões desta semana, preocupadas com as questões que afetam a demanda, com a queda no consumo mundial de cigarros e grandes estoques do produto. O presidente da Afubra destaca a importância do equilíbrio entre a oferta e a demanda, que afeta o preço praticado durante a comercialização do produto. “O preço pago ao produtor será melhor, por isso precisamos da sua compreensão em não aumentar o plantio”, afirma Werner.

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