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Fumicultores paranaenses terão renda extra de R$ 86 milhões

Imbituva/PR – Para marcar o início da colheita da safrinha paranaense, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) promoveu nessa quarta-feira, 3 de maio, o dia de campo do Programa Milho, Feijão e Pastagens Após a Colheita do Tabaco em Imbituva (PR). O evento realizado na localidade de Mato Branco de Baixo, na propriedade de José Sirlei de Araújo, contou com a participação de representantes do governo do Estado do Paraná, da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Paraná (Fetaep), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/Faep), produtores, empresas e imprensa.

O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, apresentou os dados levantados. Segundo ele, no Paraná foram cultivados 34.685 hectares, entre milho, feijão, soja e pastagens, com rendimento estimado de R$ 86 milhões. Ele também apontou que, nos três estados do Sul do Brasil, foram 190.360 hectares, e o rendimento para os produtores deve chegar a R$ 600 milhões. “O setor do tabaco sempre apoiou a diversificação, desde que ofereça renda real aos produtores. Pesquisa recente demonstrou que 79% dos produtores fazem algum tipo de rotação de culturas para reduzir a proliferação de pragas, doenças e ervas daninhas e que cerca de 50% garante renda com outros produtos além do tabaco, aumentando significativamente a sua renda”, comentou Schünke, avaliando ainda que além do milho, feijão e pastagens, os produtores também têm aderido ao cultivo da soja em áreas onde foi colhido o tabaco.

06319_Infográfico programa milho, feijão e pastagens após colheita SindiTabaco

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DADOS DO LEVANTAMENTO
Levantamento realizado pelo SindiTabaco contabilizou os números da produção de grãos nas áreas produtoras de tabaco e as estimativas de renda para os produtores. Segundo a pesquisa, a safrinha paranaense teve o plantio de 10.920 hectares de milho e 6.560 hectares de feijão. Com uma produtividade média do milho estimada em 5,1 toneladas por hectare, o volume chegará a 55.690 toneladas. Considerando o preço médio de R$ 540,00 por tonelada, o total da safrinha paranaense de milho pode superar os R$ 30 milhões. Em relação ao feijão, a produtividade é estimada em 2,4 toneladas por hectare, com safra de 15.745 toneladas. Ao preço médio de R$ 2.350 por tonelada, a safra paranaense de feijão alcançará R$ 37 milhões.

Considerando as regiões produtoras de tabaco no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, foram cultivados 111 mil hectares de milho e 16 mil hectares de feijão, 49 mil hectares de pastagem e 14 mil hectares de soja, com expectativa de rendimento de R$ 415 milhões para o milho e R$ 128 milhões para o feijão. Após a colheita, o produtor de tabaco cultiva também outros grãos, com destaque para a soja que renderá em torno de R$ 57 milhões nos quase 14 mil hectares plantados. Há ainda o cultivo significativo de pastagens para alimentação dos animais. O levantamento apontou que no Paraná, 12.465 hectares são utilizados para pastagens e, nos três estados sul-brasileiros, a soma chega a aproximados 50 mil hectares.

O raio-x da propriedade do anfitrião do evento demonstra a alta rentabilidade do tabaco em pequenas áreas e, ao mesmo tempo, o acréscimo de receita gerado pela safrinha
O raio-x da propriedade do anfitrião do evento demonstra a alta rentabilidade do tabaco em pequenas áreas e, ao mesmo tempo, o acréscimo de receita gerado pela safrinha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

José Sirlei de Araújo e o filho José Valdecir de Araújo, anfitriões do evento
José Sirlei de Araújo e o filho José Valdecir de Araújo, anfitriões do evento

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SOBRE O PROGRAMA – Conduzido pelo SindiTabaco, o Programa Milho e Feijão foi criado para incentivar a diversificação e a otimização no aproveitamento dos recursos das propriedades rurais. No Paraná, são parceiros: o governo do Estado, a Afubra, a Fetaep, a Faep e a Emater. A ação reúne a estrutura de campo das empresas de tabaco e das entidades apoiadoras, que divulgam as vantagens do plantio da safrinha e incentivam a prática de diversificação da propriedade.

VANTAGENS PARA O PRODUTOR – O cultivo nas áreas onde foi colhido o tabaco reduz os custos de produção dos grãos, pois ocorre o aproveitamento residual dos fertilizantes aplicados. Consequentemente, pode haver redução de custo na produção de proteína (carne, leite e ovos), com a utilização do milho da safrinha no trato animal. Outros benefícios são a proteção do solo e a interrupção do ciclo de proliferação de pragas e ervas daninhas.

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