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Frio volta com força no fim do inverno e preocupa setor no RS

Santa Cruz do Sul/RS – As mudanças meteorológicas que baixaram drasticamente as temperaturas no Rio Grande do Sul são vistas com receio pelo setor fumageiro. A preocupação recai principalmente sobre este final de semana, período em que estão previstas as menores mínimas. Conforme o gerente técnico da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Iraldo Backes, com aproximadamente 90% das mudas transplantadas na região, a expectativa é para que as madrugadas sejam nubladas, o que dificulta a formação de geada. “O orvalho congelado pode queimar o tabaco, especialmente as lavouras transplantadas ao longo desta semana.”

As plantas que já estão bem estabelecidas são mais resistentes, enquanto as mudas que ainda estão nas bandejas devem ser protegidas por lonas plásticas. O dirigente destaca que, com a proximidade da primavera, os períodos de instabilidade são geralmente passageiros. “A onda de frio seria bem pior se ocorresse em julho ou agosto, pois possivelmente teríamos muitas noites seguidas de frio”, justifica.

Outra preocupação da Afubra é com as incidências de granizo diante das mudanças bruscas no clima. Na tarde da última quinta-feira, as pedras de gelo causaram muitos danos na região de Arvorezinha, mas sem maiores impactos na fumicultura. “Felizmente os produtores não tinham muito fumo transplantado, a exemplo do que ocorreu em Boqueirão do Leão na semana passada”, justifica. O prazo para os agricultores interessados em se inscrever no Sistema Mutualista se encerra no dia 31 de outubro, bem como o período para os inadimplentes quitarem suas dívidas.

A SAFRA

Informações da Afubra apontam que o plantio na região atinge em torno de 90% atualmente. Nos três estados do Sul, o índice é de 0%. Segundo Iraldo Backes, a safra 2015/2016 está entre 15 e 50 dias adiantada em relação ao ciclo anterior – influência dos fatores favoráveis ainda nas sementeiras e das chuvas adequadas durante o transplante e desenvolvimento das plantas. Enquanto isso, na parte baixa do Vale do Rio Pardo, alguns agricultores já iniciaram a colheita das folhas baixeiras. “São casos isolados, de famílias que realizaram o transplante em junho”, argumenta. Na região de Araranguá e Tubarão, no litoral Sul de Santa Catarina, há produtores que estão encerrando a colheita.

Michelle Treichel
michelle@gazetadosul.com.br
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