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EXPEDIÇÃO: Uma empresa que cresceu junto com o tabaco

Brock credita sucesso do empreendimento ao potencial do tabaco
Brock credita sucesso do empreendimento ao potencial do tabaco

Camaquã – Uma das empresas mais tradicionais de Camaquã cresceu em paralelo com a expansão da fumicultura na região da Costa Doce. Trata-se da Ferraria do Colono, que funciona há 50 anos, inicialmente apenas ferrando cavalos e com um único funcionário. Com o tempo, porém, acabou se especializando na fabricação e comercialização de máquinas e implementos e na prestação de serviços a lavouras. Hoje, 90% de seus clientes são fumicultores – entre 6 e 7 mil são atendidos a cada ano – e o local emprega 15 pessoas.

Segundo um dos diretores da empresa, Danilo Brock, ainda que não seja o principal produto agrícola do município – que é conhecido como Capital Nacional do Arroz Parbolizado – a renda gerada pelo tabaco, muito superior a qualquer outra cultura, faz com que a demanda dos fumicultores seja um dos motores principais do comércio local. Na prática, o desempenho da empresa, assim como várias outras, está sempre associado ao desempenho do fumo.

Assim, quando a safra é boa para os produtores, a empresa vende mais. Quando a safra é ruim, as vendas despencam. “Ano passado, por exemplo, foi mais apertado, embora o preço tenha aumentado no fim da safra e isso ajudou um pouco. Esse ano a questão do preço ainda está indefinida, e isso se sente no comércio. É por isso que, se exinguissem o fumo, Camaquã acabaria”, observa. De quebra, os fumicultores modernizam suas produções e agregam mais qualidade de vida. “Nas propriedades, não se acha mais trator antigo, nem Fusca nem Brasília. E as casas são melhores que as da cidade”.

De acordo com o gerente da Afubra e membro da Associação Comercial e Industrial de Camaquã, Marcelo Adriano da Silva, ainda que o volume de produção de arroz seja bem superior, é o fumo, com sua renda elevada e vocação exportadora, que protege a economia local. “Por pior que a situação econômica possa ser, é sempre melhor onde tem fumo. Nós notamos, por exemplo, que as inserções de consumidores em cadastros de inadimplência são menores em municípios como o nosso, que têm fumicultura forte”, analisa.

Camaquã é o sexto maior produtor de fumo do Rio Grande do Sul e o oitavo da Região Sul, segundo dados da Afubra referentes ao ciclo 2015/2016. Na atual safra, a área plantada chega a 8 mil hectares.

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