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Delegação atentará para a importância econômica e social do tabaco

Nova Délhi/ Índia – O primeiro dia da 7ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) foi muito parecido com o primeiro dia da 6ª Conferência, realizada em 2014, na Rússia, quando alguns credenciados e jornalistas puderam participar. “Resta saber como deverá ser o procedimento para os próximos dias, já que a experiência em Moscou não foi positiva, tivemos as portas para todos os debates fechadas nos dias seguintes”, lembra o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, que não conseguiu acessar o primeiro dia da COP 7.

Da comitiva não-oficial que seguiu para a Índia com o objetivo de resguardar os direitos dos produtores de tabaco, conseguiram acesso os deputados Adolfo Brito, Edson Brum, Marcelo Moraes, Pedro Pereira e Zé Nunes, bem como os prefeitos Beto Farias e Dalvi Soares, e o presidente da Fentifumo, José Milton Kuhnen. As credenciais limitadas para o público geral, 30 no total, impediram o acesso de outros representantes da delegação: além de Schünke, Carlos Galant, executivo da Abifumo, Benício Werner e Romeu Schneider, da Afubra, e o prefeito de Venâncio Aires, maior município produtor de tabaco do Brasil, Airton Artus.

Segundo informações locais, vários ônibus de produtores também foram barrados, sendo que apenas dois deles conseguiram chegar perto do evento, realizado no India Expo Centre, um centro de conferências e exposições retirado da área urbana e de regiões hoteleiras. Na Rússia, o impedimento de participar das reuniões como ouvintes resultou em encontros periódicos entre o diplomata e chefe da delegação oficial brasileira, Carlos Cuenca, e os representantes do setor. Os encontros vão se repetir na Índia, segundo sinalização do próprio Cuenca e também do embaixador brasileiro Tovar da Silva Nunes. Ao final do primeiro dia de conferência, os integrantes da delegação oficial brasileira (representantes da Coniq), juntamente com Tovar, Cuenca e ONGs, reuniram-se com a comitiva.

Durante o encontro, o embaixador Tovar se comprometeu em repassar aos parlamentares presentes e lideranças do setor todos os temas e definições que estão sendo debatidos nas plenárias e afirmou que, respeitadas as questões relacionadas à saúde, a delegação brasileira atentará para a importância social e econômica da produção. Entre as pautas que preocupam está o pedido de intervenção da Organização Mundial da Saúde (OMS) em questões de natureza comercial, tratado atualmente pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Tovar afirmou que o assunto deverá ser discutido com maior profundidade.

“Tivemos um encontro muito positivo com os integrantes da delegação brasileira. A reunião foi certamente uma das melhores que já aconteceram, dada a transparência e mediação do embaixador”, avalia Schünke. A princípio outros dois encontros deverão ser realizados: no final do dia 9 de novembro (quarta-feira), entre os grupos, e na quinta-feira, 10 de novembro, quando Tovar receberá os representantes da cadeia produtiva na embaixada às 11 horas (hora local).

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