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ARTIGO: Qual o papel da sociedade no combate ao trabalho infantil?

No Brasil o trabalho infantil tem suas raízes na época do descobrimento. A história registra que os navios chegavam aos portos brasileiros carregados de trabalhadores infantis, o que contribuiu para formar a cultura ainda existente em nossa sociedade de que é melhor trabalhar do que ficar nas ruas ou é melhor trabalhar do que virar marginal. Ocorre que essa prática impõe à população infanto-juvenil toda a sorte de negligência, exploração e violência. Trabalhar não é a alternativa para evitar os vícios e os maus comportamentos. Não se combate o mal com outro mal.

O trabalho infantil doméstico em casa de terceiros é uma das formas mais comuns e tradicionais de trabalho infantil. Na área urbana também vemos crianças em situações de risco, trabalhando nas ruas como vendedor ambulante, flanelinha, lavando para-brisas nos sinais. Tais atividades são reflexos da pobreza: muitos fazem isso para complementar a renda familiar, sacrificando estudos e a garantia de futuro melhor. Por que a sociedade se nega a enxergar este problema? Que ações se apresentam hoje para combater este tipo de trabalho infantil? Haverá uma causa mais nobre e justa para a sociedade do que garantir a educação e o crescimento saudável para as nossas crianças?

O trabalho infantil rouba das crianças sonhos e a oportunidade de um futuro melhor. No meio rural, várias iniciativas público-privadas têm surgido para combater o problema no campo por meio do suporte à educação e do fortalecimento da aprendizagem rural. Dar mais oportunidades para os jovens significa permitir a socialização do conhecimento através do trabalho com qualidade e em segurança. Esse é o caminho que buscamos fortalecer.

Texto de Luisa Helena Schwantz de Siqueira, diretora de Programa ARISE-Brasil pela Winrock International, é mestre em Desenvolvimento Rural e tem experiência na área de Educação, com ênfase em proteção à criança e ao adolescente.

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