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APESAR DE QUEDA, TABACO MANTÉM META DE EXPORTAÇÃO

Santa Cruz do Sul/RS – Os segmentos ligados ao tabaco observaram com relativa preocupação o relatório de exportações de julho divulgado pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/MDIC) nesta semana.

Os indicadores apontaram uma importante retração nos embarques. Segundo a fonte governamental, em julho houve a queda de 9,09% em volume e de 30,79% na receita em dólares na comparação com o mesmo período de 2014.

Diante deste quadro, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) indicou que, embora a redução possa parecer expressiva num único mês, o cenário deve ser analisado de forma mais ampla. “É preciso ressaltar que os embarques sofrem oscilações nos diferentes meses, uma vez que são determinados pelos clientes”, explica Iro Schünke, presidente da entidade.

Levando em conta os valores acumulados no ano, os resultados seguem a tendência apontada por pesquisa realizada pela consultoria PriceWaterhouseCoopers (PwC). Segundo a PwC, em 2015 a exportação em dólares deverá ser semelhante a do ano passado (variação de +2% a -2%).

No acumulado do ano, até o momento, há um avanço de 1,7% no faturamento. Em volume, a consultoria aponta a estimativa de um acréscimo de 6% a 10%. O acumulado apresenta uma elevação de 14,5% na comparação com o mesmo período, acima da expectativa inicial.

PERFIL

Há mais de 20 anos o Brasil é líder mundial em exportação de tabaco. Em 2014, o produto representou 1,11% do total das vendas externas, com receita de US$ 2,5 bilhões. Da produção de 735 mil toneladas registrada na safra 2013/14, mais de 85% foram destinados ao mercado externo, segundo estatísticas do SindiTabaco.

No Rio Grande do Sul o tabaco representou 10,2% de todas as exportações, atrás apenas dos complexos de soja e carnes, enquanto em Santa Catarina chegou a 6,1%. O principal mercado brasileiro na temporada passada foi a União Europeia, com 42% do total dos embarques, seguida pelo Extremo Oriente (28%), América do Norte (10%), Leste Europeu (8%), África/Oriente Médio (6%) e América Latina (6%).

Cleiton Santos
cleiton@editoragazeta.com.br
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